“Oras
(direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste
o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que
para ouvi-las, muita vez desperto
E
abro as janelas, pálido de espanto...
E
conversamos toda a noite, enquanto
A
Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila.
E, ao vir o do sol, saudoso e em pranto,
Inda
as procuro pelo céu deserto.
Direis
agora: “tresloucado amigo!
Que
conversas com elas? Que sentido
Tem
o que dizem, quando estão contigo?”
E
eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois
só quem ama pode ter ouvido
Capaz
de ouvir e de entender estrelas”.
Fonte: Perissé,
Gabriel. O valor do professor, pág. 23
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