No meio do caminho de Dante tinha uma selva
escura.
No meio do caminho de Carlos
tinha uma pedra.
No meio do caminho de Tom
tinha um rio.
Era pau. Era pedra. Era o fim do caminho?
Cada um no seu canto Com seu canto Nos chamou.
E nenhum de nós, Nunca mais, ficou sozinho.
No meio do caminho de Dante
teve uma estrada.
No meio do caminho de Carlos
teve um túnel.
No meio do caminho de Tom
teve uma ponte.
No meio do caminho de Cris
tinha um oceano.
No meio do caminho de Marco
tinha inimigo e deserto.
E tinha muita lonjura pelo
caminho de Alberto.
Era pau. Era pedra. Era o fim do caminho?
Pedra que faz fortaleza faz também mercado, bazar.
-Se eu conversar contigo,
disso estou muito certo, consigo me aproximar... Com muito encontro e
negócio, inimigo vira amigo, quem está longe fica perto.
A caravana de Marco se encarregou de provar.
Pau, toco, tábua, madeira?
-Faz navio de navegar! Mastro firme, branca vela, tronco agora é caravela para distância encurtar.
Com coragem, sobre as ondas.
Cris atravessou o mar.
Não há distância para os
pássaros nem para quem cisma de ousar. Alberto pôs na
cabeça que ia conseguir voar.
(Ana Maria Machado)
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