O que são? Quem é? Qual sua função? Por quê?
Sabemos que o verbo é uma
das 10 palavras que compõem o grupo da classe de palavras; é variável e se
flexiona de forma bem interessante, veja: - em modo (indicativo, subjuntivo e
imperativo); em tempo (passado, presente e futuro); em pessoa (eu, tu, ele/ela,
nós, vós, eles/elas); tem voz (ativa, passiva e reflexiva) e concorda com o
sujeito que sofre ou pratica a ação. Vamos analisar passo a passo?
1.0
- Voz verbal
São
identificadas através da análise do comportamento do sujeito na oração. E
não devemos nos esquecer de que o sujeito junto com predicado faz parte dos
termos essenciais das orações, ou seja, o sujeito é quem pratica ou sofre a
ação; e o predicado é a ação praticada ou sofrida pelo sujeito. A voz verbal se divide em três momentos (logo
de início): voz ativa, voz passiva e voz reflexiva.
1.1 –
Voz ativa: Quando o sujeito pratica a ação (neste caso o verbo de ação, como
por exemplo, andar, trabalhar, estudar, subir, sair, falar, comer, prender e
afins.) exemplos:
a. José
andou pela escola.
b. Joana
trabalha seis horas por dia.
c. Paulo
estudará até o dia do exame.
d. A polícia
prendeu o assaltante bem depois do
crime.
1.2 -
Voz passiva: Aqui o que se nota nitidamente é que o sujeito recebe a ação,
veja:
a. O
assaltante foi preso pela polícia
bem depois do crime.
b. Seu
trabalho foi comentando pelo
professor.
Observação:
- Na voz ativa temos
a seguinte equação: Sujeito + verbo + objeto
Ou seja, sujeito
agente + verbo + complemento verbal
- passiva a equação é
essa: Sujeito paciente + verbo auxiliar + verbo principal + objeto.
Ademais, a voz passiva ainda se apresenta na forma
analítica e sintética, leia a explicação abaixo:
ü Voz Analítica - É
representada pela estrutura sujeito
paciente + verbo ser (auxiliar) + verbo no particípio + preposição + agente da
passiva, de acordo com os exemplos abaixo:
a. Os prazos para a entrega dos projetos foi cumprido.
b.
As inscrições para o
concurso foram finalizadas.
ü Voz Passiva sintética - É
representada pela estrutura verbo
+ se (pronome apassivador) + sujeito (+ agente da passiva), note os exemplos:
a. Cumpriam-se todos os prazos para a entrega dos projetos.
b. Finalizaram-se as inscrições para o exame final.
ü Voz
reflexiva: Forma verbal na qual o sujeito é agente e
paciente ao mesmo tempo, ou seja, pratica e sofre a ação, sozinho ou com outro
indivíduo, isto é, Sujeito + verbo + se (complemento verbal). Observe os exemplos da voz reflexiva:
a. Os dois namorados falaram-se longamente.
b.
A criança machucou-se gravemente no acidente de trem.
E também, devemos observar um detalhe: a voz
reflexiva recíproca, sim! A voz reflexiva recíproca denota ação mútua ou
correspondida. Ocorre quando o sujeito é composto (quando possui
mais de um núcleo, ou seja, mais de um elemento praticando e/ou recebendo a
ação) e cada um dos elementos pratica a ação expressa pelo verbo, estando este,
geralmente, no plural.
Nesse
caso, o pronome oblíquo transmite o sentido de “um ao outro”, trazendo à ação
expressa pelo verbo a ideia de reciprocidade que é característica a essa voz,
veja:
- E nos encontraremos amanhã, às 19h, em frente à lanchonete com minha
prima.
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·
Sujeito oculto
Então... Sujeito desinencial,
implícito, subentendido, ou oculto.
É aquele que não vem expresso na oração, mas
pode ser facilmente identificado pela desinência do verbo.
Pode ser identificado das
seguintes maneiras:
a. Através desinência verbal – Como sabemos, o sujeito concorda com o verbo em número e
pessoal. Desta forma, podemos deduzir o sujeito não expresso de uma oração pela
desinência do verbo, como nos mostram os exemplos abaixo:
- Falou até tarde da noite. (ele/ela)
- Falamos de você ontem. (nós)
- Não fui à aula ontem. (eu)
b.
Através da identificação
do sujeito em outra oração no mesmo período ou em um período próximo– Muitas vezes o sujeito
não é expresso em uma ou mais orações para o texto não ficar repetitivo. Porém,
o sujeito provavelmente é expresso em outras orações do mesmo período ou em
períodos próximos àqueles sem sujeito expresso.
- Exemplo: Na aula de ontem, Denise falou, andou, até estudou, mas não fez as tarefas pedidas.
· - Sujeito inexistente
Quando não
podemos apontar ou imaginar um elemento a respeito do qual se afirma ou declara
alguma coisa, temos uma oração sem sujeito ou sujeito
inexistente. Por exemplo: “Lá
faz muito frio” não é possível determinar ou imaginar “alguém” praticando a
ação de “fazer muito frio lá”. Outro exemplo:
Faz oito meses que ele foi embora.
· - Sujeito indeterminado
É aquele que, embora
existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do
verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o
sujeito de uma oração:
a) Com verbo na 3ª
pessoa do plural:
O verbo é colocado na
terceira pessoa do plural (eles/elas), sem referir-se a nenhum termo
identificado anteriormente (nem em outra oração):
Por
exemplo:
-
Procuraram José
por todos os lugares.
- Estão pedindo sua opinião.
- Estão pedindo sua opinião.
b) Com verbo ativo
na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se:
O
verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice
de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos
que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos
indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do
singular.
Exemplos:
-
Vive-se melhor
no campo. (Verbo Intransitivo)
- Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
- No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
- Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
- No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
Lembrete:
VTD (verbo transitivo direto = conecta-se diretamente com o
objeto da questão sem auxílio de preposição)
VTI (verbo transitivo Indireto = Conecta-se com o objeto com
auxílio de uma preposição)
VI (verbo intransitivo = se basta por si próprio - ex. Ontem Ramón
faleceu.)
c) Com o
verbo no infinitivo impessoal:
Por
exemplo:
- Era tranquilo estudar todo
aquele livro.
- É bom assistir a estas cenas tão tranquilas.
- É bom assistir a estas cenas tão tranquilas.
Lembrete = a partícula “Se”
As construções em que ocorre a partícula “se”, pode
apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito. Veja:
a.
ü Falou-se o novo aluno.
Sujeito
Sujeito
ü Falaram-se dos novos alunos.
Sujeito
Sujeito
Neste caso, o “se” é uma partícula
apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o
sujeito. E depois, observe a transformação das frases para a voz passiva
- O novo aluno foi aprovado.
Sujeito
Sujeito
- Os novos alunos foram aprovados.
Sujeito
Sujeito
b.
ü Precisa-se de montador. (Sujeito
Indeterminado)
ü Precisa-se de montadores. (Sujeito
Indeterminado)
Agora, neste caso, “se” é índice
de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa, e, nestes tipos
de construções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do
singular.